Com a Química no chão

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Ops! Antes que você confunda "adipato de dioctila" com "a do pato do dia", é bom ressaltar que a Química, base de inúmeras atividades, está presente em lugares que poucos imaginariam – inclusive no chão nosso de cada dia. Hoje, querendo ou não querendo, pisar na Química virou praticamente uma necessidade. Em casa, no escritório e até mesmo na rua, lá está a Química, aos nossos pés, oferecendo proteção, beleza e segurança.

Olhe para o chão. O piso é acarpetado? Então, muito provavelmente, você está pisando em náilon, que tem como matérias-primas para sua produção a adiponitrila ou a caprolactama, que apesar do nome, sempre é bom ressaltar, não tem nada a ver com leite de cabra. De volta ao chão, ou melhor, ao carpete, que também pode ter sido fabricado compolipropileno, outra das fibras sintéticas desenvolvidas pela petroquímica. Ah! Você prefere assoalhos? Pois saiba que sem as resinas termofixas fornecidas pela Química para a produção, por exemplo, do verniz, esse brilho que o orgulha jamais seria obtido. Agora, se no local onde você está o piso é plástico, é quase certo que debaixo dos seus pés está o poli (cloreto de vinila), também conhecido como PVC.

Vamos caminhar um pouco mais. Você já parou para pensar que, sem o auxílio da Química, muitas disputas esportivas teriam de ser adiadas? É isso mesmo. Em muitas quadras e campos, lá está a Química, coladinha no chão, numa imitação quase perfeita da natureza. Correto: os gramados sintéticos, produzidos em polietileno ou polipropileno, são mais uma das aplicações práticas da Química.

Há outras ocasiões, porém, em que não é tão fácil reconhecer a presença da Química. Quem teve a oportunidade de viajar pela Linha Verde, que margeia o litoral sul da Bahia, certamente nem desconfiou que um tipo muito comum de plástico, o poliestireno expandido, está embaixo do asfalto, sustentando vários trechos da estrada.

Brincadeira? Claro que não. O emprego de poliestireno expandido na construção de estradas é uma técnica relativamente recente que apresenta várias vantagens. Entre elas, o menor desgaste do asfalto. E por falar em estrada, olhe só quem está bem no meio da pista, sinalizando para você: é isso mesmo, a nossa incansável amiga, a Química, mostrando as curvas, indicando a direção e os pontos de ultrapassagem, por meio dos pigmentos e solventes que compõem a tinta branca ou amarela das faixas. É, como você já percebeu, é muito bom ter a Química como companheira, inclusive no chão.

Texto: Luiz Carlos de Medeiros ( MTb: 12.293 )

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