Via Sacra

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Via Crúcis (do latim Via Crucis, "caminho da cruz") é o trajeto seguido por Jesus Cristo carregando a cruz que vai do Pretório até o Calvário. O exercício da Via Sacra consiste em que os fiéis percorram mentalmente a caminhada de Jesus a carregar a Cruz desde o Pretório de Pilatos até o monte Calvário, meditando simultaneamente à Paixão de Cristo. Tal exercício, muito usual no tempo da Quaresma, teve origem na época das Cruzadas (do século XI ao século XIII): os fiéis que então percorriam na Terra Santa os lugares sagrados da Paixão de Cristo, quiseram reproduzir no Ocidente a peregrinação feita ao longo da Via Dolorosa em Jerusalém. O número de estações, passos ou etapas dessa caminhada foi sendo definido paulatinamente, chegando à forma atual, de quatorze estações, no século XVI. O Papa João Paulo II introduziu, em Roma, a mudança de certas cenas desse percurso não relatadas nos Evangelhos por outros quadros narrados pelos evangelistas. A nova configuração ainda não se tornou geral. O exercício da Via Sacra tem sido muito recomendado pelos Sumos Pontífices, pois ocasiona frutuosa meditação da Paixão do Senhor Jesus.

Por “Via Sacra” entende-se um exercício de piedade segundo o qual os fiéis percorrem mentalmente com Cristo o caminho que levou o Senhor do Pretório de Pilatos até o monte Calvário; compreende quatorze estações ou etapas, cada uma das quais apresenta uma cena da Paixão a ser meditada pelo discípulo de Cristo:

  1. Estação: Jesus é condenado à morte
  2. Estação: Jesus carrega a cruz às costas
  3. Estação: Jesus cai pela primeira vez
  4. Estação: Jesus encontra a sua Mãe
  5. Estação: Simão Cirineu ajuda a Jesus
  6. Estação: A Verônica limpa o rosto de Jesus
  7. Estação: Jesus cai pela segunda vez
  8. Estação: Jesus encontra as mulheres de Jerusalém
  9. Estação: Terceira queda de Jesus
  10. Estação: Jesus é despojado de suas vestes
  11. Estação: Jesus é pregado na cruz
  12. Estação: Jesus morre na cruz
  13. Estação: Jesus morto nos braços de sua Mãe
  14. Estação: Jesus é enterrado

 

Existem diversas meditações de autores espirituais sobre a via crucis ou via sacra, dentre elas as que foram utilizadas em Roma, durante os últimos anos foram: Via Cucis com a Mãe, 2006; Via Crucis do card. Ratzinger, 2005; Via Crucis de João Paulo II, 2004; Via Crucis de João Paulo II, 2000; Via Crucis de Karol Wojtyla, 1976 e ainda são conhecidas as Via Crucis de São Josemaría Escrivá e a Via Cucis de Ernestina Champourcin, 1952.

Quando associado à Via Crucis, Jesus é especialmente venerado sob o nome de Nosso Senhor dos Passos.

 

LOCALIZAÇÃO:

Via Dolorosa é uma rua na cidade velha de Jerusalém, que começa na Porta de Santo Estevão e percorre a parte ocidental da cidade velha de Jerusalém, terminando na Igreja do Santo Sepulcro.

De acordo com a tradição cristã, foi por este caminho que Jesus Cristo carregou a cruz. A rua possui nove das catorze estações da cruz. As cinco últimas estações estão no interior da Igreja do Santo Sepulcro.

 

Percurso tradicional

O percurso tradicional começa perto da Porta de Santo Estevão (Porta do Leão), na Escola Primária Umariya, onde se situava a fortaleza Antónia, e segue para poente (este) em direcção da Igreja do Santo Sepulcro. Este percurso teve a sua origem numa procissão organizada pelos franciscanos no século XIV.

 

Outros percursos

A procissão de Quinta-Feira Santa bizantina começa no alto do Monte das Oliveiras, pára no Jardim de Getsemani, entra na cidade antiga pela Porta do Leão e segue o trajecto tradicional em direcção ao Santo Sepulcro.

No século VIII existiam mais estações, principalmente ao longo da parte sul da cidade antiga, na casa de Caifás, no Monte Sião, no Praetorium e, só depois, no Santo Sepulcro.

 

As estações da cruz

Primeira estação

A primeira estação encontra-se junto ao Mosteiro da Flagelação.

Segunda estação

A segunda estação encontra-se próxima dos restos de uma construção romana, conhecida hoje em dia por Arco do Ecce Homo, em memória das palavras de Pôncio Pilatos quando mostra Jesus Cristo à multidão.

Terceira estação

A terceira estação comemora a primeira queda de Jesus Cristo. Hoje em dia, o local tradicional está marcado por uma pequena capela pertencente ao Patriarcado Arménio de Jerusalém.

Quarta estação

A quarta estação comemora o encontro entre Jesus e sua mãe. Hoje em dia, no local existe um pequeno oratório.

Quinta estação

Sobre a arquitrave de uma porta existe um inscrição que comemora o encontro entre Jesus Cristo e Simão Cireneu, a quem os romanos ordenam que carregue a cruz de Cristo até o Gólgota.

Sexta estação

A sexta estação, que comemora o encontro entre Jesus e Verónica, quando esta limpa a sua face com um tecido que fica com as suas feições, é hoje em dia assinalado por uma igreja pertencente ao rito greco-católico.

Sétima estação

A sétima estação assinala a segunda queda de Jesus. Hoje em dia este local está assinalado por uma coluna na esquina da Via Dolorosa com a Rua do Mercado.

Oitava estação

A oitava estação comemora o encontro de Jesus com as mulheres de Jerusalém. Hoje em dia o local é assinalado por uma cruz enegrecida pelo tempo, esculpida na parede de um mosteiro ortodoxo.

Nona estação

A nona estação comemora a terceira queda de Jesus. Hoje em dia o local está assinalado por uma coluna da era romana, à entrada de um mosteiro copta.

 

Fonte: Wikipédia

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